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quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Apenas um pensamento trsite


Este versos não são por nada muito não, são apenas a realização de um pensamento triste. Um daqueles que vem, não se sabe muito bem de onde e, com o tempo, se vão.

Este me ocorreu outro dia, estava louco por uma tragada, era um dia de fim de semana, quase certeza de ser domingo. Peguei o carro e fui até a Tijuca comprar o tabaco. Durante a viagem percebi que nunca fiquei completamente só, sempre tinha alguém, quase sempre desconhecido. Não que isso signifique alguma vantagem ou desvantagem, é apenas a constatação de um fato.

Em algum lugar de Vila Isabel ou do Maracanã este pensamento me veio a mente. Não era um pensamento alegre, era apenas um pensamento triste. Por deveras realista. Nada a ver com as possibilidades perdidas. Não imaginei coisas que poderia fazer, nos belos dias de sol na praia, nos filmes de fim de noite, nos lugares nunca dante vistos. Não imaginei nada disso. Foi um pensamento seco, vindo numa noite tépida, num momento de solidão.

Desejei a única coisa que não podia ter. Ofereceria qualquer coisa, viveria sob quaisquer circunstâncias. Mas nada disso mudaria o fato gerador do pensamento triste.

Chorei, admito que chorei, não muito, mas foi intenso. Não entrei em pânico, muito nervoso talvez. Não me lembro bem como se passaram as coisas. Só a recordação de que tive este pensamento triste.

Resolvi cumprir a minha ordália tabagista. Das várias possibilidades existentes para a compra, restavam poucos lugares abertos no Rio de Janeiro para tal, afinal, deveria ser domingo de noite. Vislumbrei que a cidade ou começou a ficar estranha para mim ou não entendi que o que realmente estava escrito no recado dado era: TU ESTÁS CONVIDADO A SE RETIRAR DESTAS TERRAS. Surgiu um conflito. Cumprir aos meus anseios por um pequeno bastão de tabaco e dar de cara com alguma ex/falecida, que obviamente não ficou bem resolvido, apesar de não fazer mais diferença; ou voltar. Letras e Expressões do Leblon, eu precisava fumar.

A que ponto pode um ser humano chegar. Não fui a lugar nenhum caro leitor, quanto mais ao fundo do poço. Mas se alguma força/ente/ser dissesse que tinha o poder de fazer o tempo voltar e que me garantisse a outra alternativa por mim desejada, acreditem, assinava sem ler. Quaisquer circunstâncias ou possibilidades. Qual fosse o preço.

Lembro com mais precisão do fato gerador do pensamento triste que veio e se foi. Foi cedo demais. Não me arrependo de nenhuma ação posterior. Apenas lamento. Lamento muito, foi-se cedo demais.

Anônimo poesiou às 15:30

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