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sexta-feira, 29 de agosto de 2003
Aventureiro
(Flora Figueiredo)
Não sei aonde esse barco vai me levando.
Só sei que vou indo,
às vezes partindo,
às vezes chegando.
Rumo a um porto escondido,
ou a um peito perdido.
Navego à deriva
Levo uma missiva
ao cais da alegria.
Devo encontrá-lo a qualquer hora,
num cochilo da noite
ou num escuro do dia
Enquanto isso, vou no balanço
sem tempo certo, sem compromisso.
Viajo inteira, sem horizonte
e uma saudade como companheira.
Quando ancorar,
vou transcrever um poema:
como viajar sem carta, sem bússola,
sem saber ao certo onde é o lugar.
Tenho a imensidão como tema.
Surrupiei daqui.
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Lu poesiou às 04:07
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