domingo, 27 de abril de 2003
Soneto da Inaptidão
Eu sou um instrumento desafinado
feito de cordas delicadas demais
para dedos rusticos e apressados
jovens e mal trabalhados.
Não domino a métrica nem a rima
Quanto faço grito, engasgo rouco
Ao ser gentil, ofendo e ao tocar
mancho-me em rubra dor
Aprendo a esperar mirando a perda
seguro o tempo como me agarro ao chao
mas ele me escapa como o óleo
Óleo que se combina mão que agarra
a caneta. Grita e rabisca este que é
o Soneto da Inaptidão.
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Anônimo poesiou às 19:13
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