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terça-feira, 8 de abril de 2003

Roubei do mesmo

Sonetos que não são
de Hilda Hilst

Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha

Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.
(A noite como fera se avizinha.)

Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel

Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra.

( Roteiro do Silêncio(1959) - Sonetos que não são - I)
(Poesia: 1959 - 1979 - São Paulo: Quíron; [Brasília]: INL, 1980.)
(Do Amor - São Paulo: Massao Ohno Estúdio - Edith Arnhold / Editores, 1999.)

Anônimo poesiou às 10:04

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