terça-feira, 4 de fevereiro de 2003
Mandado por mail
Corpo de carne
Sobre um corpo de água.
Sonha-me a mim
Contigo debruçada
Sobre este corpo de rio.
Guarda-me
Solidão e nome
E vive o percurso
Do que corre
Jamais chegando ao fim.
Guarda este amanhecer
E repõe sobre as águas
Teus navios. Pensa-me.
Imensa, iluminada
Grande corpo de água
Grande rio
Esquecido de chagas e afogados.
Pensa-me rio.
Lavado e aquecido da tua carne.
Hilda Hilst
|
Anônimo poesiou às 23:32
Também poesiaram:
... |
|
Design: Lu Canuto
|