quarta-feira, 20 de novembro de 2002
Para quem escrevo poesia
Não faz muito tempo
Ainda posso lembrar com clareza
Daqueles dias
Daquelas odes
Daqueles desejos e esperanças
É!...ainda posso lembrar
Foi um tempo belo
Não por que fossemos bonitos, e éramos
Não por que fossemos jovens, e somos
Não por que...
...
Não interessa os “por quês”
Foi um tempo belo
Não guardo ódio
Não guardo amor
Não há paixão
Não há desejo
Não há benção
Não há maldição
Foi um tempo belo, pois dele assim quero lembrar
Não vou esquecer das máculas
Vou perdoá-las
Muita coisa aprendi
Nada mais há do que se arrenpender
É doce a sensação de nada mais me ligar ao passado
É doce o sabor do Louco
Os deuses já mandaram seus sinais
É hora de agir
Acabou-se o templo de reflexão
Vou puxar uma Palomitas
Escreverei umas poesias
Terminarei o último bastião
Entregarei-me a outras paixões
Já sei até quais elas são
CHDS, SINAG, Poesia, Política, bons amigos, a tríade,...
Ao terminar o dia de hoje saberei o que os alemães entendem por Kultur
Darei uns telefonemas para falar de coisas boas
A Phôenix não está mais ressentida
Comprarei roupas novas
Cuidarei das minhas contas
Vou estudar mais o que gosto
Vou escrever mais do que gosto
Vou-me permitir amar quem gosto
E que este Domingo de céu azul
Com uma lua crescente no firmamento
Seja o prenuncio de uma Ostara de lua cheia
Muito mais do que permitir, vou desejar e fazer com que a natureza seja fecunda
Pois é um tempo belo
Para uma bela poesia
Para pessoas belas
Para um dia belo
E para mim mesmo
Que já me vejo
Que já me sinto
E me quero
Belo!
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Anônimo poesiou às 20:19
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