Versos Passados


Fale com a Gente
Lu
Larousse

Versos Nossos
Reduto da S.O.T.P.
Meu Mundo
Blotted Paper
Em Busca do Vento Perdido
Manual Prático Para Homens

Outros Versos
Adélia Prado
Cecília Meireles
Drummond
Fernando Pessoa
Jornal de Poesia
Mário Quintana
Palavra Aberta
Roberto Carlos
Sebastião Salgado




online


Versos da Mariposa


Reduto da S.O.T.P.

Meu Mundo



Letras de Músicas




by letras.mus.br






Quero apoiar as vacinas para a Aids

Aids. 
O que mata 
é o preconceito

Doutores da Alegria






















This page is powered by Blogger. Isn't yours?

terça-feira, 12 de novembro de 2002

Para Minina Balla:

Vou-me Embora pra Pasárgada
(Manuel Bandeira)

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Anônimo poesiou às 18:54

Também poesiaram:

...



Design: Lu Canuto